quinta-feira, 1 de setembro de 2011

#Considerações desimportantes


     Como se já não bastasse o fato de não conseguir me abrir, ele resolve se fechar.
     Como se não fosse suficiente a apática condição estética, ele se projeta a contemplar quem não é o seu bem.
     Difícil é ver a realidade dos seus olhos. Difícil não conseguir mudar uma insanidade.
     Impossível é a arte de tentar conseguir fazer sexo com tantos bloqueios ao redor. Como se já não bastasse a falta de qualquer estima por mim mesma, encontro uma pré-disposição em me render aos problemas que começaram sem que eu os invocasse, ou provocasse.
    Não sei ao certo quando foi que começou a poda de minha mãe, os traumas com meu pai e suas mil namoradas e todos os garotos errados, os quais tive o desprazer de conhecer. Não sei onde aloco tanto sentimento negativo, que resultam sempre numa constante sensação de perda.
   Perda da realidade, da vida, do tempo e das coisas as quais eu posso ter, e não estou tendo. Não consigo acreditar que um músculo não se mova por conta de devaneios passados que na ocasião, me privaram de discernir. Sócrates enquanto pensador, dizia a Glauco que o saber nada mais era do que a guia que nos direciona para luz, posto que o olhar nos é inerente. E por que, sabendo o motivo de tudo isso, não consigo evoluir?  Por que é dura e seca essa matéria saltitante dentro de mim, que me afoga e afoga cada vez mais nesse mar de ostracismo, de sentimentalidade negativa?
  

2 comentários:

Vida disse...

Nossa adorei seu blog, minha história é parecida com a sua, educação religiosa, meus pais pareciam mais irmão do que marido e mulher..

Vida disse...

Ah participa do meu blog
http://ajudavaginismo.blogspot.com/