segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Vagínora

     
     De todos os castigos comuns e improváveis cabíveis e exequíveis às mulheres, nenhum é tão voraz quanto o fato de proibí-la de realizar a mais primitiva das atividades desde que mundo é mundo: fazer sexo.
      Não me refiro ao fato de usar o cinto da castidade ou ser posta num castelo quinhentista, cercado por dragões alados - hoje em dia mais conhecidos como Dragões Fruta -. Quando penso em castigo, penso em vaginismo.
     "Vagi, o que, colega?"
     VA-GI-NIS-MO [ Ou mais conhecido como morrenasiririquismo]
    Nada mais é do que a contração involuntária dos músculos próximos à vagina que impedem a penetração pelo pênis, dedo, ou espéculo ginecológico ou mesmo um tampão. Geralmente acomete mulheres com um nível intelectual alto, de boa situação econômica, com jeito de ser do tipo controlador e com dificuldades de intimidade. Afora isso, atinge mulheres criadas em lares rigorosos, onde "sexo" é a mesma coisa que "passagem carimbada para o inferno" ou quando foram abusadas sexualmente. A mulher não consegue controlar o movimento de contração, apesar de até querer o ato sexual. Há intenso sofrimento para quem sofre com isso.  Traduzindo para aqueles que ainda não entenderam, é mais ou menos o seguinte...
   "Perdeu Playboy!"
    Não adianta nadar em pétalas de rosas, champagne, morango, leite condensado, 3kg de K.Y, Camões ou CD de Zezé di Camargo - pro caso das virgens bregas. O vaginismo, ou vag, impede que a mais relaxada das vagínicas consiga ter relações sexuais, posto que há dor intensa.
    Nesse caso, mulheres que sofrem com o Vaginismo têm que se submeter à tratamentos de ordem psíquica e física para enfim, conseguir superar seu problema.
    
    No meu caso, a minha vagínora [ facínora + vagina + dor + pqp tira esse c%$#@%& daqui!! ] trava, e eu literalmente consigo senti-la a expulsar qualquer coisa que tente se aproximar da região supra estimada.
    É bastante complicado, vexatório e às vezes colega, é deprimente! Nada é mais frustrante para uma mulher do que achar que só ela não consegue fazer aquilo que qualquer uma outra consegue facilmente, por não ter tido uma criação rigorosa, traumas anteriores ou seja lá qual motivo. A vagínica chega a pensar que nunca irá conseguir realizar a mais prazerosa e simples demonstração de amor: o sexo!
    Convido você[s] - ou ninguém- a entender mais um pouquinho do complicado mundo feminino. Seja bem vindo à ostra, mais conhecida como "a vagina de uma vagínica..."

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi,

Acho que estou me vendo nessa história engraçada acima, exceto na parte do cd de Zezé di Camargo...rsrs
Gostei do blog. Uma maneira menos sofrida, diga assim, para quem convive com o vaginismo, como eu!
Beijos,

BELLE*

Anônimo disse...

Mais uma v.. sem palavras, vc já disse tudo. Obrigada por compartilhar e relembrar a mim mesma e as demais mulheres que sofrem desse..sei lá o que.. que não somos "E.T.", simplesmente frescas..e blá, blá, blá.. rsrs. Bjs